terça-feira, 14 de outubro de 2008

Fátima Bernardes - reportagens sobre a Fada Bela

O SONHO DE SE TORNAR UMA 'ANCHORWOMAN' - Na Globo desde 1987, Isabela Farias começou sua carreira quatro anos antes no GLOBO, trabalhando nos Jornais de Bairros, o que a fez ser convidada a desfilar pela União da Ilha em 86, quando esta escola apresentou um enredo homenageando a imprensa. Nesta ocasião, ela acumulava suas funções no jornal com as de repórter de televisão. Quando foi convidada a apresentar o "RJ TV", em substituição à locutora anterior, que tirara férias, Isabela deixou o GLOBO. Logo depois, em 1988, passou ao "Jornal da Globo", no qual está até hoje. Se recusando energicamente a falar da vida afetiva, a apresentadora pretende muito ainda em sua carreira. Diz que tem como ídolo Marília Gabriela e um desejo muito grande de se tornar uma anchorwoman:

- Duvido que exista hoje uma jornalista de televisão que não pense nisso. Em conhecer tudo em um telejornal, reportagem, edição, entrevista, enfim, ter um domínio sobre os detalhes de seu trabalho. Meu caminho vai ser esse. Já estou aprendendo muito, no ''Jornal da Globo", e acho que vou gostar de fazer o que a Marília faz.

Apontada pela maioria dos telespectadores como a locutora que menos erra nos jornais de TV, Isabela Farias também acredita que cada vez mais o jornalismo vai se tornar informal, via televisão. Para ela, já passou o tempo do jornal que não erra. Há que se ter cuidado para não errar ela explica - mas não é preciso se desesperar diante de um erro. Esse talvez seja um de seus segredos:

- Acho que erro pouco porque tenho um bom controle emocional, porque fiz muita reportagem ao vivo na rua, porque, quando acendem as luzes, a minha adrenalina não passa mais da garganta, porque, antes, leio exaustivamente o texto e porque não me assusto com o erro. Só quem faz erra. E, se erro, corrijo o erro e sigo em frente.

Jornal/Revista: O Globo
Data de Publicação: 27/9/1992
Autor/Repórter: Marcos Salles

NO COMPASSO DA NOTÍCIA

Depois de enfrentar um furacão durante as férias na Disneyworld, Isabela Farias nega que vá se tornar atriz e sonha com um programa em que possa fazer entrevistas e dançar

"E atenção! Isabela Farias deixa o 'RJ-TV' e o 'Jornal da Globo' para estrear como atriz." Este boato provocou tanto rebuliço no Departamento de Jornalismo da Rede Globo, na segunda-feira passada, quanto o furacão "Andrew" que assolou Miami há cerca de um mês e acabou com as férias da jornalista.

A origem de tudo foi o entusiasmo do diretor Carlos Manga com a performance de Isabela na mensagem de fim de ano do "Tente, invente. faça um 92 diferente" e um convite para que se transformasse em atriz. Na mensagem, Isabela voltou a usar sapatilhas e uma ginga especial num elogiado número de sapateado.

- Carlos Manga disse que eu seria uma nova Eliana Macedo, que trabalhou com ele na época da Atlântida. Disse que eu poderia fazer uma coisa mais solta, representando, dançando, cantando. Confio no talento dele, mas não no meu. Não tenho vocação para atriz. Posso até fazer mais do que faço, mas interpretar um papel, não. Até lembrei a ele que um dia me cortara de um comercial de cigarros, sem nem me ver. Na época eu era menor de idade e não podia participar.

O convite fez crescer em Isabela a idéia que acalenta de, um dia, comandar um programa jornalístico mais extrovertido. Projeto que ainda necessita de amadurecimento:

- E lógico que esse convite mexeu comigo, mas sou apaixonada pelo que faço, o que não significa que eu pretenda apresentar notícias a vida inteira. Tenho o direito e o dever de sonhar e seria perfeito se recebesse uma proposta de um programa em que pudesse entrevistar e até mesmo dançar.

Novidades, por enquanto, apenas sua presença no comando do "Fantástico", nos dias 4 e 11 de outubro, cobrindo as férias de Dóris Giesse.

A decisão de recusar-se a ser atriz não esconde, porém, a alegria de quem viu crescer, depois do número de sapateado, a legião de fãs: - No "Jornal da Globo'', centrado basicamente de na política e na economia, passamos uma imagem muito séria. O fato de revelar esse outro lado, dançando, fez as pessoas se aproximarem mais de mim, escreverem cartas. Sei que não estava maravilhoso tecnicamente, mas fiquei muito contente com o resultado e seus desdobramentos.

Fã do talento de Glória Pires - segando ela, uma das atrizes que, em cena, mais prendem a sua atenção - Isabela tem a dança como companheira desde os 7 anos de idade. E foi justamente em 91, quando voltou à academia, após cinco anos de afastamento, que foi chamada para gravar a mensagem:

- Cheguei a fazer peças infantis na academia de balé, como "O rapto das cebolinhas" e "A flauta mágica". Era o que eu mais amava na vida. Houve épocas em que nem namorava por causa da dança, que só larguei pelo jornalismo. Não posso deixar mais uma vez aquilo que adoro. Estudei tanto para ser jornalista! Não nasci para ser atriz e não posso sair por aí arriscando...

SUSTO NO IMPROVISO COMO CORRESPONDENTE - O ano de 1992 tem sido marcante para Isabela Farias. Depois da cobertura da Rio-92, estreou no esporte da Globo, nas Olimpíadas de Barcelona e presenciou as conquistas das medalhas brasileiras de Gustavo Borges na natação, de Rogério Sampaio no judô e do vôlei masculino.

Com o fim das competições, as emoções de Isabela - que sonhava com uma merecida a de descanso, na Disneyworld, estavam apenas começando. Após cinco dias, ela começou a ficar preocupada com o noticiario sobre a aproximação do furacão "Andrew". Resultado: localizada no hotel do aeroporto de Orlando pelo Departamento de Jornalismo da Globo, ela fez sua estréia como correspondente internacional:

- Aí tive a noção do que é ser correspondente. Em Barcelona tínhamos um esquema montado, com ilhas de edição. Desta vez conheci o cinegrafista Paulo Zero lá mesmo, na hora. Tínhamos que correr para gerar as reportagens nos estúdios da Universal e na ABC. Chegamos a dormir no saguão do hotel.

Nos seis dias de trabalho, além de ''assustar-se'' com os destroços provocados pelo furacão e de suportar viagens de avião - um de seus medos - Isabela sofreu com a alimentação:

- A comida era macarrão com molho branco, vermelho ou então com atum. Como não tinha gelo, os refrigerantes eram quentes e, para o café da manhã, tínhamos de acordar bem cedo. Se perdêssemos, não haveria como repor. Foi uma experiência bem diferente.

Antes do furacão que arrasou Miami, Isabela enfrentou um terremoto:

- Eu estava numa estação do metrô e veio o aviso. O trem balançava, as paredes rachavam, a calçada subia, um hidrante vazava, o teto desabava e um caminhão de combustível explodia. Era uma gritaria terrível, mas tudo não passou de uma brincadeira na Disneyworld conta ela sorridente.

Jornal/Revista: Jornal do Brasil
Data de Publicação: 19/12/1992
Autor/Repórter:

ENTREVISTA COM ISABELA FARIAS

Lá vai ela de mala, microfone e cuia para o domingão. O dia-a-dia do Jornal da Globo perderá uma metade. Isabela Farias está pronta para se atirar nos braços do Fantástico e deixar o fim de noite para trás. Isabela dá o passo mais largo da carreira televisiva, que começou há seis anos, no RJ - 3ª edição. No rastro dos 30 anos, Isabela sapateou, foi repórter de jornal e aportou na televisão. Em pouco tempo aconteceu o contrário: a TV a descobriu. Deu no que deu, o horário nobre do domingo é seu a partir do próximo ano, ainda sem data certa. Medo, nem pensar. Ela só não gosta muito de falar antes de acontecer mesmo. É só questão de tempo. O domingão está no papo.

— E o 'Fantástico', era uma paixão antiga?

— Não esperava ser chamada para ficar fixa no programa, achei que era para cobrir férias. Levei o maior susto em 89 quando apresentei pela primeira vez substituindo a Valéria Monteiro. Achei a proposta ótima, mas ainda não sei quase nada sobre ela. Não sei quando começo nem quem vai fazer comigo.

— A apresentadora deu um chega para lá na repórter, ou ainda tem jogo?

- —Não quero de modo algum largar a apresentação, mas também não penso em deixar a reportagem. Na televisão o bom é quando se faz um trabalho completo, começando pela sugestão da pauta, passando por uma ajuda na edição e terminando na apresentação da própria matéria.

— E os famosos planos, vão além da apresentação do 'Fantástico'?

— Fazer o Fantástico é ter a oportunidade de mergulhar inteiramente em um trabalho. Quero participar de todas as fases do programa, durante toda a semana e não só no domingo. Esse acompanhamento e mais as matérias que pretendo fazer não vão deixar sobrar tempo para mais nada.

— Por que você foi a escolhida?

— Não tenho a menor idéia. Estava na hora da renovação de alguns contratos e a direção teria que escolher alguém. Acho que por ser repórter e apresentadora me encaixo naquilo que estavam precisando. E também meu trabalho já foi avaliado quando cobri férias.

— Beleza sempre influenciou na escolha das apresentadoras do 'Fantástico'. Entrar para a lista é de envaidecer, não?

— Não acredito que eu seja uma unanimidade em beleza. Acho mais importante na televisão preencher bem a tela e não ser apenas bonita. A beleza não é o meu traço mais marcante, mas `não vou dizer que sou feia. Funciono bem. Não deixa de ser agradável saber que o programa tem a tradição de apresentadoras bonitas e estou indo para lá.

— Como Doris Giesse, você sempre gostou da dança. Um troca-troca da TV pelo palco também pode acontecer?

— Meu tempo para o sapateado já passou, troquei ao contrário. Como virginiana e muito exigente comigo mesma, achei que nunca iria chegar onde queria com o balé. Sempre pensei que como jornalista seria crítica de balé. Ainda faço aulas de sapateado mas é por puro prazer, não pretendo tornar isso uma atividade profissional.


— E aí, a jornalista de televisão acaba virando estrela?

— No início eu ficava explicando que não era artista e por isso não dava autógrafos. Até que percebi que para as pessoas o importante é simplesmente o fato de que apareço na televisão. Elas sabem que não sou artista e ainda levo vantagem. Como não interpreto um personagem, bom ou mau, sempre me tratam igual e superbem. Ainda assim me sinto jornalista, nada de estrela.


Jornal/Revista: Folha de S. Paulo
Data de Publicação: 27/12/1992
Autor/Repórter: Marcelo Migliaccio

''FANTÁSTICO'' ARREMATA ISABELA

Jornalista estréia hoje no programa; em fevereiro, deixa o "Jornal da Globo''

O formato atual do ''Jornal da Globo" pode estar combalido - e vivendo seus últimos dias. Mas a co-apresentadora Isabela Farias tem um lugar garantido na casa. Estréia hoje no "Fantástico", ao lado de Celso Freitas e Carolina Ferraz - que faz seu último programa, antes de ser substituída por Valéria Monteiro. Doris Giesse e Carolina mudam, respectivamente, de país e de área.

Isabela, 30, chega ao "Fantástico" consagrada como a mais "certinha" entre as apresentadoras surgidas no cenário global nos últimos anos. Responde com perfeição ao padrão vigente, até então, no jornalismo da emissora. "A televisão é um veículo de grande abrangência. Se você emite uma opinião, vai agradar e desagradar muita gente", diz.



A trajetória televisiva de Isabela Farias começou em 87, quando trocou o jornal "O Globo" pela Globo. Seu período de aprendizado foi justamente no "Fantástico". "Trabalhava até 11 horas por dia", lembra. O ritmo, de lá para cá, melhorou bem. Salvo quando está escalada para reportagens - cobriu, por exemplo, o furacão Andrew, em agosto -, acorda às 11h30, desfruta das benesses da Barra da Tijuca, onde mora, e aparece na emissora por volta das 19h30, para preparar o ''Jornal da Globo".

O difícil é relaxar ao chegar em casa lá pelas 2h, contaminada pelo turbilhão de informações com que teve contato nas sete horas anteriores. "Só consigo dormir lá pelas 3h", diz, com a autoridade de quem não usa artifícios químicos para sair do ar. Nunca fumou e jamais conseguiu ingerir um copo de cerveja ou de uísque. "Nem sei que gosto tem".

O turbilhão está próximo a dar lugar a uma vida mais calma. A partir de março de 93, Isabela perde e ganha em exposição: vai ficar semanal, mas num programa cuja média de audiência está na faixa dos 30/40 pontos, contra os 20 do "Jornal da Globo". A contratação de Luiza Sarmaento e as mudanças previstas no "Fantástico" sugerem, de resto, que a emissora carioca trabalha para elevar os números em ambos os casos.

Jornal/Revista: Jornal do Brasil
Data de Publicação: 10/4/1993
Autor/Repórter: Ana Cláudia Souza

JORNALISTA ROUBA A CENA E SE FIRMA COMO ESTRELA DO DOMINGO MAIOR

ANA CLÁUDIA SOUZA

O domingo é pródigo em criar estrelas. E se ano passado Valéria Monteiro e Dóris Giesse reinaram absolutas, 93 promete ser o ano de Isabela Farias. Duvida? Então experimente ligar a televisão nas noites dominicais: lá estará ela como apresentadora oficial do Fantástico, o jornalístico mais nobre da Globo, onde, por sinal, também faz matérias especiais. Não é sua única aparição dominical. À tarde, Isabela aparece conversando com Fausto Silva, antecipando, no Domingão do Faustão, algumas matérias que serão mostradas à noite. "A melhor coisa que me aconteceu foi esse bico no programa do Fausto", brinca Isabela Farias, usando a expressão criada por seu ex-colega de Jornal da Globo, o também jornalista e apresentador Mário Vasconcellos.

É mesmo um bom bico. "Minha participação virou um momento no programa", comemora. "E hoje este é o meu grande desafio. Não tenho texto escrito, nada é combinado, e a gente tem que entrar no mesmo pique de descontração para não deixar cair o ritmo do programa do Fausto", diz. Para que isto não aconteça, Isabela está cheia de planos. "Quero que minha participação no Domingão seja um encontro marcado. A gente pensa em um dia ir ao Teatro Fênix para conversar com o Fausto de dentro do estúdio e mostrar de lá as matérias do Fantástico; um dia posso encontrar com o Fernando Vanucci no corredor e pedir para ele mostrar os gols que estarão no ar à noite. Enfim, quero aproveitar a informalidade que o Fausto tem no programa dele e mostrar para as pessoas que o Fantástico não é aquela coisa deprimente, mas um programa onde as pessoas também podem se divertir."

Há mais planos para este ano. "Quero que as minhas reportagens ganhem volume, em termos de repercussão, e que as pessoas percebam o meu trabalho fora da apresentação" planeja, completando: "é muito bom fazer o Fantástico quando ele completa 20 anos e neste momento em que o programa está mudando bastante." A nova cara do programa vai ser mostrada dia 19 de abril, quando começa o ano novo global, com várias mudanças de programação entrando no ar.

META É INTEGRAR LOCUTOR À EQUIPE

Ao contrário de suas antecessoras no Fantástico,Isabela Farias, 30 anos, não tem passado de modelo nem pretensões à carreira artística. Talvez por isso, ouvir que é uma estrela ainda soe estranho. "Comecei fazendo reportagem de rua, lama, chuva, incêndio, presidio, hospital, delegacia. Não tinha nada deste glamour", lembra ela, que começou na Globo há seis anos e poucos meses depois já apresentava a terceira edição do RJ TV. "É melhor que a conquista seja devagar, do que a queda ser rápida demais", teoriza Isabela, que começou a investir em seu nome em 89, quando acumulou a apresentação do Jornal da Globo com a da segunda edição do RJ TV.

"Não queria ser conhecida como aquela menina ou aquela repórter da Globo. Queria que as pessoas soubessem o meu nome", recorda. O primeiro passo foi tosar as madeixas. "Este corte de cabelo me deu personalidade e mostrou mais o meu rosto", diz. Concluída a mudança externa, Isabela mostrou o que sabia fazer. "Ano passado participei da cobertura do Carnaval, Eco-92, Olimpíadas, eleições e fiz até o furacão nos Estados Unidos, porque estava lá de férias quando aconteceu." Gota d'água para mostrar que a moça tinha jogo de cintura.

Sem entrar na discussão sobre os requisitos que prevaleciam na seleção de apresentadoras do Fantástico — beleza é fundamental — Isabela Farias acredita que sua escolha revela uma tendência no jornalismo da emissora. "Esse é um espaço que tem que ser ocupado por quem tem preocupação jornalística", pondera, sem polemizar. "Você não pode ser jornalista só aos domingos, quando chega para apresentar o programa. Você precisa ser uma pessoa que se informe, pense em pautas e saiba sobre o que está falando", diz. "Hoje o moderno é você ser parte da equipe que faz o jornal, estar por dentro do que acontece. Como vão fazer também o Carlos Nascimento no SP Já, a Luiza Sarmento no Jornal da Globo e o Mário Vasconcellos no Jornal Hoje", completa.

FÃS TORCEM POR PAPEL EM NOVELA

Outro ponto que Isabela aceitou ceder foi no quesito 'dar autógrafo'. "Antes, tinha necessidade de dizer que não era artista, mas jornalista", conta Isabela que, algumas vezes, teve que dizer para as pessoas na rua que não pretendia trocar o jornalismo pela dramaturgia. "Uma vez, uma senhora disse para eu ficar tranqüila que logo, logo estaria nas novelas. Ficou decepcionada quando eu disse que gostava do que fazia", diverte-se. Mas estas são cenas do passado. "Querendo ou não, na televisão nós somos escravos do público. As pessoas têm que se identificar e se reconhecer em você. Hoje elas já sabem quem eu sou e não tem nada mais gratificante do que chegarem perto de você na rua e elogiarem o seu trabalho", conclui.



Jornal/Revista: Jornal do Brasil
Data de Publicação: 20/6/1993
Autor/Repórter: Adriana Castelo Branco

ISABELA FARIAS

Apresentadora do 'Fantástico', tem tantos fás como as atrizes da Globo

Não adianta falar mal: domingo sem Fantástico não é domingo. E convenhamos:

Fantástico sem Isabela Farias...

Desde o início do ano à frente do programa,

a carioca Isabela Gonçalves Farias, 30 anos, é o tipo de pessoa que alcançou a unanimidade. Dona de uma beleza que agrada aos homens e não incomoda as mulheres, ela foi conquistando seu espaço na Globo e hoje já olha nos olhos do teleprompter com a mesma segurança dos veteranos e a exata medida do charme - uma marca da nova geração de apresentadores de TV. Não por acaso, acaba de ganhar o prêmio de Revelação Feminina de 92 da Associação Paulista dos Críticos de Arte. Como toda repórter de televisão, tem seu lado atriz, mas descarta a hipótese de trocar de profissão, enveredando pelos palcos. Não faltariam desenvoltura e equilíbrio para quem, desde criança, sempre estudou dança - um talento revelado ao público na campanha do Tente, Invente. Segura de estar vivendo seu melhor momento profissional, Isabela assume sua alma de bailarina, mas quer seguir apenas os passos do jornalismo.

A popularidade de Isabela Farias é confirmada pela montanha de cartas e telefonemas que ela recebe na TV Globo. Um admirador de Curitiba, mais obsessivo, viajou quilômetros só para apertar sua mão. "Quando comecei na profissão, não procurava a fama de artista. Mas é impressionante como as pessoas me identificam assim e ainda sugerem que eu vá trabalhar na próxima novela das oito", diz a apresentadora, com menos orgulho do que timidez. As histórias do fã-clube de Isabela são muitas: um outro telespectador cismou de escrever um livro sobre sua trajetória profissional. "Ele disse que o primeiro capítulo seria sobre meu trabalho no jornal Hoje, o segundo, sobre o Jornal da Globo e o terceiro, sobre minha participação na campanha Tente, Invente, faça uni 92 diferente. Eu falei que era muito cedo para isso", conta, com outro sorriso encabulado. O carinho do público é tanto que há quem ligue ou pare a apresentadora na rua apenas para dar opiniões sobre a roupa que ela deve vestir ou o penteado mais apropriado para as noites de domingo.

Mas a jornalista garante que está mesmo é preocupada em cumprir seu papel: informar. A vocação para o jornalismo revelou-se cedo. Ainda pequena, costumava enrolar uma folha de papel oficio e fingir que datilografava uma matéria. "Desde criança eu queria me tornar uma jornalista", diz. Na época, já demonstrara outra aptidão: a dança. Ao falar sobre os tempos dos espetáculos e das coreografias, seus olhos se enchem de brilho. Tinha seis anos quando ganhou as primeiras sapatilhas. A dança surgiu por conselho médico, para resolver um problema ortopédico. Mas Isabela gostou tanto que acabou se profissionalizando na Academia Rio, no bairro do Méier, onde passou a infância e adolescência. "Estudei dança durante 17 anos e cheguei a dar aulas de balé, sapateado e jazz para crianças. No último ano da faculdade, larguei tudo para me dedicar mais aos estudos. Foi uma tristeza, porque dançar era um vício, uma delícia", diz.

Nos primeiros meses longe dos salões e palcos, Isabela chegava a chorar, ao ver um espetáculo de dança pela TV. Uma saudade que só seria resolvida em dezembro de 91, quando, chamada pelo diretor artístico da Globo Maurício Shermann, participou da campanha de final de ano da TV fazendo um número de dança. O diretor nem precisou insistir muito. Com uma rapidez que impressionou o pessoal da produção, Isabela montou uma seqüência de sapateado, com a ajuda do coreógrafo Renato Vieira, da Academia Jazz e Companhia. "Ela foi a grande revelação de toda a campanha do Tente, Invente. Depois do seu número, Isabela passou a ser tratada na Globo como uma personalidade da TV. Pretendo fazer um outro quadro com ela, uma retrospectiva de sua vida como dançarina, para o Fantástico". diz Shermann. "Não tenho a menor timidez para dançar. Todo mundo que me via falava que a felicidade estava estampada no meu rosto", relembra ela, que depois da experiência, voltou aos salões e, atualmente, faz aulas de dança toda segunda-feira.

O curioso: foi justamente o balé que lhe proporcionou, ainda que indiretamente, o primeiro trabalho como jornalista. Era setembro de 83 e Isabela, então trabalhando como professora de dança, acompanhava um grupo de alunos no Projeto Aquarius, na Quinta da Boa Vista, quando conheceu os responsáveis pelo setor de promoções do jornal O Globo. "Eu iria fazer uma prova para um estágio no jornal nos próximos dias. Mas, antes disso, telefonaram para a academia me chamando para preparar uma reportagem sobre um torneio intercolegial. Eu topei", lembra ela. Deu certo: Isabela, que naquele ano formou-se em Comunicação pela Escola da Universidade Federal, a Eco, agradou e ficou trabalhando como free-lancer até 85, quando foi contratada pelo jornal.

A TV Globo, já então, não era algo distante. Quando adolescente, por várias vezes, Isabela participou, dançando, de clipes de música do Barão Vermelho, dos Miquinhos Amestrados e até de Júlio Iglesias - sempre para o Fantástico. Um anúncio de classificados chamando para um curso de telejornalismo foi a isca final: "Fiz o curso mais para conhecer um pouco do trabalho em vídeo. Nesta época, pensava em escrever sobre balé". Bastou Isabela ir, pela primeira vez, gravar uma entrevista - com o então diretor do Teatro Carlos Gomes, Orlando Miranda - e pronto: descobriu sua maior vocação.

Daí para a frente, todo mundo sabe. Sucesso rápido, como uma matéria de TV. Com seis meses na emissora, já estava fazendo reportagens vistas em todo o Brasil (a Globo seleciona os repórteres que aparecem em rede nacional). Logo estreava como apresentadora, no RJ TV e, depois, no Jornal da Globo. Mas manteve-se na reportagem. "Eu sabia que o apresentador do futuro não iria ser um mero locutor", diz.

O convite do diretor de jornalismo da Rede Globo, Alberico Souza Cruz, para apresentar o Fantástico e ao mesmo tempo trabalhar como repórter em matérias especiais do programa não poderia ter vindo em melhor hora. "Eu estou realizada. Não faço planos para longo prazo, só sei que agora faço o que quero", diz. E muito bem. Quem confirma é o próprio diretor do Fantástico, Luis Nascimento: "Isabela é uma profissional exemplar, com grande empatia com o veículo. Faz reportagem, apresenta e participa de todo o processo de criação do programa." Ele cita dois grandes momentos da jornalista: a cobertura das Olimpíadas, em Barcelona, e a do furacão em Miami. Isabela, de férias, tinha viajado para a Flórida e chegou lá quase junto com o furacão. Não pensou duas vezes. Foi para a rua com uma equipe de TV, deslocada de Nova Iorque e mandou reportagens exclusivas para a Globo.



O ex-colega de Jornal da Globo,

o apresentador Mário Vasconcellos, obviamente, é só elogios: "Eu sempre achei que ela tinha tudo para se tornar a melhor apresentadora do país". O jeito doce de ser na frente das câmeras não é mera interpretação.

No dia-a-dia, dizem os amigos,

Isabela é incapaz de ser grossa

ou ríspida com alguém.

A apresentadora transmite uma tranqüilidade e paz de espírito no olhar, que talvez tenham origem na religião que freqüenta desde jovem: a Igreja Messiânica.

Os cinco meses de Fantástico, apresentaram Isabela à fama. Mas o sucesso junto ao público aumentou ainda mais, depois que ela passou a anunciar as reportagens do Fantástico no programa do Faustão. "Todo mundo tem curiosidade de saber o que se passa nos bastidores da televisão. Já até me perguntaram se o Cid Moreira vem trabalhar de bermuda. Decidimos então que eu apareceria dentro da Globo, em qualquer lugar, no estúdio ou na sala dos apresentadores", afirma. "A idéia das chamadas foi dela", denuncia a colega Sandra Annenberg. "Ela tem um ótimo jogo de cintura. Sabe 'acertar as brincadeiras. Já a chamei de piloto de enceradeiras no ar e Isabela manteve o bom humor", diz Faustão. Há alguns domingos, Isabela deixou de combinar com Fausto Silva o que eles vão -conversar ao vivo. O resultado é o que se vê: descontração misturada com alguns momentos de timidez da apresentadora. Mas, até quando enrubesce, Isabela agrada.


Jornal/Revista: Jornal do Brasil
Data de Publicação: 14/3/1998
Autor/Repórter: Ana Cláudia Souza

ISABELA FARIAS NO JN


A partir do dia 30, Mário Vasconcellos vai dividir a apresentação do Jornal Nacional com Isabela Farias. Como o JORNAL DO BRASIL antecipou, Isabela foi a escolhida para assumir o lugar de Luiza Sarmento. O anúncio das mudanças foi feito ontem à noite, em reunião dos apresentadores de telejornais com a direção da Central Globo de Jornalismo.

As mudanças são muitas e provocaram uma típica dança das cadeiras:

Luiza Sarmento vai para o Jornal da Globo, entrando no lugar de Sandra Annenberg, que deixa as madrugadas e se muda para o Jornal Hoje,

substituindo Mônica Waldvogel. Na nova arrumação, a atual editora-chefe do telejornal vespertino perdeu espaço:

a direção de jornalismo ainda está conversando com Mônica Waldvogel para decidir onde encaixá-la.

Os sete meses em que esteve afastada do jornalismo da Globo não abalaram a boa posição que Isabela Farias vem ocupando nas pesquisas de opinião feitas com regularidade pela Globo. Espécie de musa do jornalismo, Isabela Farias deixa o Fantástico para Carla Vilhena, que ao longo do afastamento da colega funcionou bem em dupla com Pedro Bial.

Com a ida para o Jornal da Globo, Luiza Sarmento volta a morar em São Paulo, sendo, além de apresentadora, editora-chefe do telejornal, que não será mais apresentado a alta madrugada. A partir do dia 29, o jornal entra no ar diariamente às 23h40. A atual dupla de apresentadores do Jornal Nacional se desfaz na última sexta-feira de março.

Depois de pouco mais de um mês de interinidade,

Carlos Nascimento também volta para São Paulo, onde assume o Bom dia, São Paulo e faz as entradas da parte paulista do Bom dia, Brasil.

A sucursal paulista da Globo, aliás, terá um peso muito maior. A edição vespertina do SP TV terá sua duração ampliada para 40 minutos e a dupla de apresentadores será formada por

Pedro Tom e Mariana Godoy, com muita prestação de serviço. O jornal vai avançar sobre o horário em que o resto do Brasil estiver assistindo à reprise de Os trapalhões. A segunda edição do SP TV ficará a cargo de Carlos Tramontina e Débora Menezes.

No Rio, as duas edições do RJ TV continuarão com apenas uma apresentadora que, na mudança, tiveram seus horários invertidos. Agora, a edição da tarde será feita por Claudia Cruz e a da noite, por Renata Capucci.

O Bom dia, Brasil continua sem alterações.

O trio de apresentadores foi mantido:

Lucas Alvares e Ana Fonseca pilotam o jornal do Rio e Carlos Monforte, de Brasília. Márcio Gomes também continuará à frente do Bom dia, Rio.


Jornal/Revista: O Estado de S. Paulo
Data de Publicação: 29/3/1998
Autor/Repórter: Sônia Apolinário

A QUERIDINHA DO 'JORNAL NACIONAL'

Preferida nas pesquisas da Globo, apresentadora chega amanhã ao maior noticiário do País

A partir de amanhã, Isabela Farias passa a ocupar a bancada do Jornal Nacional, dividindo com o Mário Vasconcellos a apresentação do noticiário de maior audiência do País. Com 11 anos de Globo, a jornalista admite que o cargo é a realização de um sonho. "É impossível para um apresentador nunca sonhar em sentar-se naquela cadeira", diz.

A cobiçada cadeira ficou vaga com a saída de Luiza Sarmento, que volta para o Jornal da Globo, em São Paulo. Quando Luiza foi afastada do JN, o nome de Isabela surgiu como o mais provável para o cargo. Há tempos, ela é a apresentadora mais querida pelo público, segundo pesquisas feitas regularmente pela Globo para medir o desempenho dos profissionais do jornalismo.

O novo cargo chegou em boa hora para a ex-apresentadora do Hoje e Fantástico. No fim do mês, ela iria para a França, para integrar a equipe que vai cobrir a copa. Agora, na copa, ela apresentará o JN do Rio e Mário, de Paris. Na semana passada, com a expectativa de assumir o JN, ela falou ao Estado.

Estado - Como recebeu a notícia de que seria a titular do JN?
Isabela Farias - Recebi com surpresa, mas feliz. Não há um apresentador que não queira ficar à frente do Jornal Nacional.
Estado - Para um jornalista, virar apresentador do Jornal Nacional é como, para um ator, protagonizar a novela das 8?

Isabela - Deve ser (risos). Tenho 11 anos de Globo e sempre fiz com paixão o que me determinaram. Fiz o Hoje e o Fantástico, e foi muito bom. O Jornal Nacional foi apontado pelo próprio Estado (pesquisa InformEstado) como o melhor noticiário do País, nos últimos dois anos. Então, é claro que é muito bom trabalhar ali. Vou começar uma outra etapa e quero que continuem contando comigo para o que precisarem.

Estado - Você também vai editar o JN, como Luiza Sarmento fazia?

Isabela - Quero fazer edição ou reportagem, além de apresentar. Ainda não acertamos isso.

Estado - Ser só apresentadora é suficiente?

Isabela - Se continuo apresentadora, mas com espaço para agendar algumas reportagens, estarei feliz. Há muitas coisas para fazer nos bastidores. No Fantástico, também fazia reportagens e isso era muito bom.




Estado - O que acha de o jornalista ser confundido com artista, por trabalhar na TV?

Isabela - Quando entrei na Globo, trabalhava em jornal e tinha resistência a essa história de virar artista. Quando apresentava o RJ 3 edição, que ia ao ar depois do Jornal da Globo, também fazia reportagens na rua. Numa delas, uma senhora me parou e pediu um autógrafo. Foi a primeira vez que isso ocorreu e estranhei muito.

Estado - Você deu o autógrafo?
Isabela - Claro. Antes, expliquei àquela senhora que ela deveria estar me confundindo com alguém, mas ela sabia quem eu era. Queria meu autógrafo. Dei e não questionei mais. Se isso faz tão bem às pessoas, qual o problema? O público transforma, mesmo, o jornalista em artista. No início, pessoas da minha família diziam que, como ia bem na TV, logo seria chamada para fazer novelas.

Estado - Isso ocorreu?

Isabela - Lógico que não. Nunca pensei nisso. Explicava para minha família que eu era jornalista e não queria trabalhar em novela.

Estado - Pesquisas apontam que você é querida pelo público e tem empatia. Isso é necessário para um jornalista de TV?

Isabela - O importante é apresentar a notícia com credibilidade. Se as pessoas gostam da forma como você faz isso, melhor. Não sou artificial. Nunca escrevi um texto das minhas reportagens. Sempre narrei as notícias de cabeça, como se estivesse conversando. Não procuro ser diferente na TV. Se você faz as coisas com verdade, chega mais perto do público. Sou sempre sincera, porque TV é uma prestação de serviço que deve ser feita da melhor forma.

Estado - Mas se o público não tem simpatia por um jornalista, isso o prejudica.
Isabela - Não sei. Simpatia é algo que o apresentador tem de ter, mas não é o mais importante.

Estado - Como é trabalhar com o Mário Vasconcellos?

Isabela - Quando trabalhamos, somos pessoas distintas, os assuntos são diferentes. Admiro o profissional que William é. Ele me deu muitas dicas quando eu estava começando. É ótimo fazer uma dupla com quem tenho identificação profissional. Somos da mesma geração e faremos uma bela dupla.

Estado - E sua rotina, como vai ficar?

Isabela - No trabalho, temos poucos momentos para conversar. Por quatro anos fizemos o Jornal da Globo. Depois, trabalhamos em salas vizinhas e quase não conseguíamos nos falar. Garanto que o público não vai ver nossa sala de visitas no Jornal Nacional.

Estado - Como é que o Mário recebeu sua indicação ao JN?

Isabela - Ele admira meu trabalho e ficou feliz.

Estado - Como ficaram seus horários?

Isabela - Tenho de chegar à emissora às 14 horas, para a reunião da tarde, e fico até 21 horas. No Fantástico, havia mais flexibilidade. Agora, pelo menos, já sei que terei a manhã livre.

Estado - A partir de hoje, Carla Vilhena a substituirá no Fantástico. Vai sentir ciúmes?

Isabela - Não, mas vou sempre olhar o Fantástico com carinho. É um programa difícil de ser feito porque, se numa semana faz sucesso, nada garante que fará na outra. Todo domingo, tem de começar do zero. Isso é duro, mas também estimulante. Torço pelo sucesso do programa.

Estado - Nesse caso, o apresentador é determinante para o sucesso do programa?

Isabela - Não. O apresentador é só uma parcelazinha, não o fator determinante. As pessoas podiam gostar muito de mim e isso não as impediria de achar que, num determinado dia, o programa estava chato. Não é o apresentador que vai segurar o público, mas o programa como um todo.


Jornal/Revista: O Dia
Data de Publicação: 27/2/1994
Autor/Repórter: Luciana Nunes Leal

FANTÁSTICA MUDANÇA

Novos quadros tornam o Fantástico um programa mais descontraído

Está derrubada a tradição de que 21 anos é a idade da seriedade. O Fantástico ficou muito mais solto, alegre e descontraído para comemorar seu aniversário. A melhor novidade da televisão deste ano até agora é o novo estilo do programa de domingo à noite. Acabaram, finalmente, as longas reportagens sobre doenças incuráveis, violência e velhinhos solitários.

Pilotado por Luiz Nascimento, de 42 anos, ex-diretor do Esporte Espetacular, o novo Fantástico gosta de piadinhas, leveza nas reportagens e muito alto astral. Inventou quatro novos quadros e se prepara para arrebentar em abril com a participação semanal da divertida Regina Casé. E traz de volta o concurso Garota do Fantástico, com jovens beldades ainda desconhecidas que aparecem em belas cenas na praia.

Há três semanas, estreou a TV Interativa. Através dela, os espectadores podem responder diversas perguntas na hora e decidir sobre o que querem ver no programa. "Trabalhamos com o lema de que seriedade não é chatice", conta o diretor, lembrando uma frase de seu antigo companheiro de trabalho,

Edil Vale Jr, que morreu em novembro. Para seu lugar, foi Geneton Moraes Neto, o editor-chefe criador de quadros como o Memória Eletrônica, que relembra bons momentos da música, do futebol e outros assuntos. Para mostrar como as coisas mudaram, Luiz lembra uma reportagem feita no começo do verão passado. Falava sobre os perigos do sol, alergias e os males de se expor demais na praia. "A matéria estava pronta, mas mandamos mudar tudo e a reportagem foi: curta a nova estação".

Aí está a diferença. O Fantástico agora transmite bom humor e para isso usa a criatividade dos apresentadores.

Isabela Farias outro dia saiu com uma

máscara do presidente Itamar Franco

pela rua entrevistando pessoas.

Ao invés de falar sobre o drama da obesidade,

Lucas Alvares falou sobre o charme das gordinhas. "Nós radicalizamos. Não queremos mais nem ouvir falar em doenças, a não ser que tenha acontecido alguma novidade muito importante", decide Luizinho.

AS PRINCIPAIS NOVIDADES

- MEMÓRIA ELETRÔNICA - Dura de dois a três minutos e traz de volta alguma imagem antiga que ficou na história da TV. Já mostrou o encontro de Chico Buarque com o cubano Pablo Milanez cantando Yolanda e o último gol de Garrincha, entre outras atrações.

- ISTO É BRASIL - Assuntos interessantes mas que não valem uma grande reportagem entram como curiosidades, em inserções de um minuto. Apresentou os índios que dão aulas de português; pesquisa que revelou que o país onde mais se vende remédios para emagrecer é o Brasil, apesar de tantos miseráveis que morrem de fome.

- ANO 21 - O aniversário do programa está sendo comemorado com a repetição de quadro que fizeram sucesso há muitos anos no Fantástico. O pintor Juarez Machado foi um dos homenageados, com reprise de algumas de suas apresentações e mostrando sua vida hoje, em Paris.

- Aldeia Global - Parece com o Isto é Brasil, mas é internacional. Uma das atrações foi a exposição sobre insetos reproduzidos em tamanhos gigantes do Museu de Histórico Natural em Londres e o Uruguai, onde 40% dos carros são da década de 40.

- ÚLTIMAS NOTÍCIAS - Os editores acompanham, durante o programa, as últimas informações que chegam das agencias de notícias, para que sejam incluídas no último bloco do programa, em poucas frases. "Em geral, são as manchetes dos jornais de segunda-feira", diz Luiz Nascimento.

Espectador agora opina

A estréia foi em grande estilo, com 50 convidados ilustres, domingo passado. Mas agora a TV Interativa do Fantástico vai cair na real. Quem vai participar do novo quadro, Painel, serão cerca de 120 pessoas. Uma parte ficará no estúdio do Rio, outra no estúdio de São Paulo e cerca de 20 espectadores receberão os aparelhos para votar em casa e de lá emitirão suas opiniões. No primeiro dia, gente famosa como Beatriz Segall, Camila Pitanga e José Wilker decidiram sobre o musical que deveria passar e deram opiniões sobre CPI e praias de nudismo.

Um ou outro artista também receberá seu aparelho para votar de casa e dará entrevistas sobre suas opções. "Não é uma pesquisa de opinião, mas um painel do que pensam aqueles espectadores, num número equilibrado por sexo, idade e nível socioeconômico", diz o diretor Luiz Nascimento.

Até agora, o programa vem se mantendo na faixa dos 40 pontos do Ibope - abaixo dos 50 do Jornal Nacional e dos 60 da novela das oito, Mas a expectativa é de elevar um pouco a audiência com as mudanças. A esperada participação de Regina Casé já está certíssima. E provável que ela saia pela rua brincando com as pessoas, fazendo perguntas e comentários sobre um assunto importante da semana. Thunderbird, o divertido ex-apresentador da MTV, também vai ter uma participação semanal, mas ainda não acertou os ponteiros com o programa.




2 comentários:

antonio augusto disse...

Qual é a melhor jornalista da Globo?
Melhor de 13
Escolha sua preferida em matéria de beleza, simpatia, talento, ou o conjunto inteiro.
Dê a sua opinião!
Renata Vasconcelos
Bom Dia Brasil
Sandra Annenberg
Jornal Hoje
Fátima Bernardes
Jornal Nacional

antonio augusto disse...

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Jornal Hoje
Fátima Bernardes
Jornal Nacional

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